No corredor!
E de repente um papo,
um carinho,
expressões do rosto,
sinais de vergonha;
maçãs rosadas e um
brilho no olhar sem ingenuidade.
O assunto?
Papo casual: livros,
faculdade, estimulantes, sexo.
- Éramos jovens; tudo
acontecia em frações de segundos e a noite era só o começo.
Troca de olhares, risos,
malícia; ela deita a cabeça no meu colo e
num gesto mais bruto, perde-se o botão da blusa; as mãos acariciam os seios
dela!
Gemidos, sussurros e
num movimento de pernas a mão escorrega pela coxa internamente.
- Devagar... Continua!
Na sala ao lado análise
sintática; sujeito e predicado, agente da passiva.
Aqui, os sujeitos sofrem
e praticam a ação ao mesmo tempo,
tudo é tão ligeiro e
vigoroso que o coração dispara, a pulsação acelera;
medo e prazer se
misturam como num jogo de Sorte e Azar!
Seu corpo bem torneado
e firme sente os sinais do ritmo intenso,
seus seios rosados e pele macia arrepiam.
Ao pé do ouvido
monossílabos, pequenas frases que expressam amor e erotismo, num misto de
suavidade e força tudo acontecia; os corpos se encaixavam.
- Éramos puro instinto!
No acariciar dos
corpos, num toque mais intimo, o doce sabor do fruto...
Então chegamos ao
ápice, ao êxtase, no limite entre o cansaço e prazer do gozo; a
noite acaba e tudo volta ao normal como se nada tivesse acontecido.
Fantasia ou realidade?
Tudo se mistura, tudo se confunde; e a resposta pertencerá à imaginação de cada
leitor.
Por Salomão Fonseca
31/12/2016
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