O AMOR

O amor

(Salomão Fonseca)

Você é mesmo incompreensível!

Quando parecia que tudo ia dar certo,

Que finalmente nós íamos encontrar...

Você dá um passo atrás

Até parece que eu não te conheço,

Que nunca vi este filme,

Que essa história nunca bateu na mesma porta.

E eu que acreditei que ela fosse mudar...

Que agora tudo seria diferente,

Mas ela nunca muda.

Tudo porque você tem seus caprichos

E insiste em jogar como as pessoas

Só para mostrar que neste jogo é você quem manda

E que com você nada vai ser fácil.

Então, velho amigo, só me resta jogar o jogo

E esperar que a roleta gire a meu favor.

Vamos ao jogo!

27\12\2014


EXPLICAÇÕES:
Um poeminha antigo e bobo que  só agora conclui. O tema é adolescente e ele é dedicado aos amores antigos e  atuais também. Aos encontros,desencontros e reencontros...que brega!

ps: o legal é o leitor interpretar do jeito que funcionar para ele !

PRIMEIRO TURNO

PRIMEIRO TURNO
(Salomão Fonseca)

Escândalos e precatórios,
Aviões em chamas no céu,
Político matreiro, símbolo do coronelismo aristocrático.
Não vamos desistir da pátria que o pariu!
O cavaleiro branco de gotham
Põe um fantoche na televisão
E o povo é massa de manobra
Da nova política e velha história.
Um raio cai no mesmo lugar,
Aviões caem do céu
E candidaturas caem no colo.
Nova política, nova coligação,
Estão todos aí para quem quiser enxergar!
Os velhos nomes estão de volta,
Fantasmas do passado
Que voltam a nos assombrar.

04/10/2014.

ERA UMA VEZ

  ERA UMA VEZ
(Salomão Fonseca)

Tudo estava fora de lugar!
Não era um conto de fadas,
talvez um filme de terror
Em um país de trapezistas
Onde se vive na corda bamba
E o improviso é o pai nosso de cada dia.
Como em um filme de guerra sem canção de amor:
Guerra santa, guerra fria, batalha nossa de todo dia.
Era como se vivia!
Roendo o osso, com a corda no pescoço,com o salário pouco;
Eles metendo a mão e enchendo os próprios bolsos.
Na cara dura!
Sem medo, sem punição, sem vergonha, era só corrupção.
Era assim que se vivia no país da fantasia.

16/07/2014

PUNK DE BOUTIQUE

PUNK DE BOUTIQUE
(Salomão Fonseca)

Batida primitiva,
Três acordes mágicos,
Baixo fraseado, cabeça de nota;
Melodia simples é pura intuição.

REVOLUÇÃO:
Adolescência, inocência,
Tédio, amor e ódio;
Tudo ao mesmo tempo agora.

INGLATERRA:
Deus salve a rainha,
London calling,
guitarra suja e experimentalismo.

SEX PISTOLS, CLASH:
Revolução por minuto,
Música de protesto,
Anarquia não é desordem, é libertação.

AUTONOMIA:
Faça do seu jeito,
Faça você mesmo,
recriação da realidade, mimese;
Criatividade e intuição.
DO IT YOURSELF!

01/04/2014

MARCHINHA DE CARNAVAL

MARCHINHA DE CARNAVAL

(Salomão Fonseca)

O carnaval já chegou,

A festa vai começar;

O povo todo acordou

E o galo vai desfilar.

O frevo já rasgou

E a Concórdia ferveu,

Capiba abençoou

Com alegria do céu.

Acorda, acorda pierrot,

 E vem pra rua cantar,

A colombina chamou;

O amor está no ar.

E mais um dia raiou,

E folia nasceu;

Recife inteiro gritou:

Acorda que é carnaval!

28/02/20014

Comentário:

É muita pretensão minha acreditar que possa escrever uma marchinha ou frevo de bloco, no entanto, ano passado eu fiz uma primeira versão que se perdeu. Eu sempre fico com alguns versos na cabeça para terminar caso não tenha terminado.

Não é muito da minha cultura porque eu curto muito cultura POP e gosto muito de guitarras, teclados; mas como hoje é aniversário do meu pai e ele adora carnaval... é para ele!   

NOTÍCIAS EXTRAS

NOTÍCIAS EXTRAS

(Salomão Fonseca)

Vejam na televisão:

Falam sobre um corte,

O apagão.

E o seu ministro na TV

Não sabe bem o que dizer.

Será que foi incêndio?

Erro de transmissão?

Ou o sistema que não tem manutenção?

E no jornal das seis sobe o tomate e o pão Frances.

É o horário nobre da TV

Com amor e sexo no BBB

Vejam na televisão:

Falam sobre escândalos

E mensalão.

O meu país explode e CPIs.

Olha aí senhor ministro!

Olha aí senhor juiz!

Vejam na televisão:

Como tem corrupto,

Como tem ladrão.

É o horário nobre da TV

Com amor e sexo no BBB

12/02/2014 

CAMPEONATO ELEITORAL

CAMPEONATO ELEITORAL

(Salomão Fonseca)

Mais um ano de eleição

E parece o mesmo filme,

A  variação da mesma história.

Quatro anos passaram

E candidatos na televisão:

Promessas, promessa,promessas.

E começa o jogo,rola a bola.

Não é copa do mundo, nem brasileirão.

O título em questão é o nosso voto,

a taça em disputa é a nossa esperança.

A formação tática é ataque contra defesa:

Ataque ao nosso dinheiro, a nossa boa fé.

Em defesa de uma minoria parasitária,

Classe dominante sanguessuga.

O nosso gramado tem dimensões  continentais

E a bola (farra) rela solta.

O jogo segue em total apatia,

mas é a grande decisão!

Depois de quatro anos... chegamos lá!

Improvisamos na defesa (saneamento)

Maquiamos o meio campo (economia)

Nossos laterais estão sem fôlego (saúde)

Nosso ataque nada mudou (educação)

Nosso treinador é o mesmo de quatro anos atrás.

Ergue o braço, o juiz apita o fim do jogo.

E quem ganhou?

E quem perdeu?

Não há ganhadores aqui!

Enquanto o improviso,

A lei do mais fácil,

O jeitinho nosso de cada dia

E a politicagem forem  nossas armas,

Não há ganhadores neste país,

26/01/2014